sexta-feira, 27 de julho de 2012

♥ O mar, Rosa e a peteca ♥

Imagem daqui


Rosa, sentada à beira da praia, respirava fundo, gozava daquela  delícia e boa sensação de ali estar!

Sabia que tudo aquilo tinha que ser bem curtido e aproveitado, pois iria acabar e então, precisaria energia para um novo recomeço à rotina...

Juquinha à escola voltaria. Leva e busca, comidas a preparar, temas a controlar, compras, supermercado e ainda ,casa para limpar!

Tudo andava bem ali na praia, porém, tudo ao mesmo tempo, acontecia na sua cidade e família...

Rosa foi, com o tempo, sentindo-se enfraquecida por dentro. Isso a surpreendia!

_ Cadê a mulher forte?perguntava a si mesma...

E a resposta vinha, em ritmo de brincadeira, em seu próprio ouvido:

_Ficou lá, pelos lado do Norte!!!

_ E, onde nada a mulher que gosta de brincar e é arteira?
-Ora, essa ficou lá do outro lado daquela porteira...

E assim ia Rosa, gostando de brincar com rimas que lhe vinham à mente, através daquela "voz" que, era dela mesma, na imaginação...

Foi quando ela se perguntou:

_E, onde está aquela mulher decidida, que sabe tirar recados de tudo que viu?

-Ora, essa ficou lá na...

Mesmo sem completar a rima, ao "ouvir" essa última frase, Rosa se deu conta que estava melhor..
A mulher que era sempre e queria que voltasse, havia acabado de retornar...

Saiu dali, rindo sozinha...Foi então lembrar da vida que a chamava...

Olha o relógio.
_É hora de buscar  Juquinha na escola, dar banho, janta, e...e...e... tantas coisas...

Mas,ela não estava cansada!
Havia voltado com força total!
E era essa força que precisava ter, pelo menos até o Natal...

Depois, outras férias e , com elas, a volta ao mar!

Era  com isso que sonhava desde logo.

Vivia, se sonho em sonho...

A vida ia mudando, coisas acontecendo, corpos se transformando, idade "pegando",mas o principal , Rosa conseguia manter: a simplicidade de viver e apesar de tantas coisas, não deixar a peteca cair...

Tomara assim ela possa sempre persistir!!!

Haja força e fôlego pra ela!!rs...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

♥ Um ovo e o milagre... ♥

daqui

-Quantos ovos,vovó?

_Quatro, Lia, responde Dona Joana...

_ E farinha?

-Três xícaras...

_E agora? O que mais?  Assim ia a conversa animada naquela cozinha entre a vovó e netinha.

Lia estava preparando uma surpresa para sua mãe que aniversariava naquele dia.

Assim, com a ajuda da vovó, bateram um bolo lindo e um papo animado.

Lia pediu à vovó que arrumasse a mais linda toalha  para ela colocar na mesa e nela arrumaria os lugares para esperar , com a surpresa preparadinha.

Tudo pronto e chega a hora ,mas nada da mãe voltar! E passava bastante da hora. A avó preocupada, mas nada queria demonstrar.  Lia fora dormir, já se fazia tarde e no outro dia, a escola cedinho lhe esperava.

No meio da noite, barulhos são ouvidos, risadas e conversas...

A vó levanta e percebe que Joyce, mãe de Lia, estava acompanhada e todos ali, pegando com as mãos o bolo, sujando tudo e ainda, embriagados.

_O que é isso? Chega lá  e questiona!

_Ora, fui festejar meu aniversário e os meus amigos me trouxeram de volta para casa...

Mas esses, vendo que a velhinha estava furiosa, saíram  sem se despedir...

Joyce,diz a avó.
_Por acaso sabes que Lia preparou uma surpresa, ela fez esse bolo que esses vândalos arruinaram com suas porcas mãos?

_ E daí,véia!
 Sai da minha frente, senão...E seguiu, empurrando a velhinha...

_Senão o que, fala!
 A vó não mais aguentou, pegou um balde de água e jogou no rosto daquela pessoa irreconhecível que diante de si estava.

Joyce nessa hora, caiu em si...

Pediu desculpas pelas suas grosserias, mas disse não mais querer se sentir presa com a filha, que lhe travava sua vida.

_Desisto dessa menina manhosa e mimada.
Podes ficar com ela!

E, dizendo isso, subiu, arrumou uma sacola de roupas e saiu de casa...E foi para sempre...

Lia, na manhã seguinte nada viu e nada sabia...

Perguntou pela mãe e a avó respondeu:
_Ela foi embora, quis cuidar de sua vida e nós a atrapalhávamos, segundo ela.

_Lia nem uma lágrima derramou...
Mas nunca mais um palavra sequer falou...

Do choque, emudecera, como se houvessem cortado o ele de comunicação...

Assim , mesmo com um tratamento, nada mudava naquela situação.  Cercada de todo carinho da avó, Lia crescia.

E, foi num dia, chuvoso, quando o tempo havia corrido no calendário, a vó resolveu fazer um bolo  para Lia, que aniversaria no dia seguinte.Faria treze anos, estava se tornando mocinha.

Só as duas ali, quando a vó pegou o cesto de ovos do armário e quebra o primeiro, Lia atenta diz, ainda meio em palavras balbuciadas:

_Faltam mais três, vovó!

Esta, ficou atônita, surpresa e deixou cair no chão...

_ Deixa que eu limpo,vovó  !

E, a seguir, falou ininterruptamente, como se nada houvesse acontecido.

As duas não cabiam em si de alegria. O bolo cheirava pela casa . Foram dormir e, na manhã seguinte, ao acordar, sentem um perfume de café, vindo da cozinha.
E, ainda, de pão de queijo.

Vão até lá e lá estava Joyce, que corre para abraçar e beijar a filha.

Foi um abraço demorado, sinal que o bom coração de Lia, a perdoara!

A avó assistiu feliz e foi se unir às duas. Tomaram o melhor café de suas vidas e aquele, foi o melhor aniversário da vida de Lia, que sabia, tinha muito a conversar com a mãe, mas estava disposta a isso.

Joyce  se desculpou com D.Joana  e agora, eram felizes os reencontros ao final da escola e trabalho. Tinham tanto a falar e a avó podia tranquila ficar...

Aquele cesto  de ovos nunca mais saiu dali e representa para Dona Joana, o milagre da cura da neta...

Mas o melhor milagre, foi o amor da mãe de volta!



* Inspirada nessa  imagem, voei......

domingo, 15 de julho de 2012

♥ A verdade que SALTOU...aos olhos,rs... ♥



Edição Conto/Histórias do Bloinquês


Tema: (DEVE APARECER ESSA FRASE NO TEXTO):"Com um impulso que durou um átimo, eu caí em queda livre, e enquanto caía, o aperto no coração foi sumindo, e só pela liberdade da queda, aquela ação já tinha valido a pena."

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Rita, Silvia e Joana tentavam convencer a mãe para conseguir permissão para praticar Bungee jumping, na próxima temporada de férias.

Ela estava irredutível:

_Nada disso,neeeeeeeeeeeeeeeeem pensar!! Ficaram malucas?  

_Onde já se viu,parece que querem se matar!!

E a discussão ficava maisc acalorada. As três chateadas, respondiam qie iriam de qualquer jeito, com ou sem permissão.

A coisa por lá ficou feia! O pai então que, folgadamente trabalhava em seu computador vendo o acaloramento da discussão, resolveu  dizer e veio em defesa da esposa.
Isso deixou as filhas mais furiosas ainda ,mas, muito contra vontade acataram a decisão.

O tempo passou e a mãe andou remexendo em seus livros e gavetas e muita coisa foi jogada fora sem pensar! 

Por irinia do destino, um cadernoo amarelado ,jogado no cesto do lixo, caiu na mãos das filhas que 
vendo a letra da mãe, se interessaram.

Ali tinha de tudo, muito desorganizadamente escrito.

Desde receitas de panquecas, bolos, lista de compras e, de repente, deparam-se com um trecho mais elaborado que lhes chamou a atenção.
Parecia uma carta, mas eram apenas anotações, feitas anos e anos atrás.

Ali estava:

Hoje, vivi uma das mais saborosas aventuras de minha vida. Sentia meu peito dolorido por estar desobedecendo meus pais, porém, nada supera aquela sensação...

"Com um impulso que durou um átimo, eu caí em queda livre, e enquanto caía, o aperto no coração foi sumindo, e só pela liberdade da queda, aquela ação já tinha valido a pena."
Podiam vir os castigos, cortes de mesada, qualquer coisa.Valera a pena!


Elas sem. olharam e nem pestanejaram.Sairam correndo em direção à sua mãe e lhe mostrando aquilo, questionaram:

_Podes explicar isso, por ACASO, QUERIDA MAMÃE?
Pelo tom de voz, Anete sabia que não era nada bom o que teria que ouvir...

Elas mostraram e à mãe, não restou alternativa senão contar:


-Meu Deus,como foi bom!!! Até hoje nem acredito que tive coragem daquilo fazer, dizia Anete às suas filhas...

_Mas e como tiveste coragem de nos impedir?

_Por gostar demais de vocês e pelo cuidado que tenho. Sei bem do perigo pois vivi aquilo, como viram...

E falou, falou, falou,sempre tentado se justificar...

As filhas se olharam e, ao invés de ficarem chateadas, compreenderam a  atitude da mãe... 

Elas apenas lhe disseram:
_ Foste avançadinha para tua época ,heim, velhinha,rsssssssss...

Anete  sorriu, envergonhada,  e caíram na risada todas...

O pai, novamente viu a cena e, desta vez, nem, quis atrapalhar ...

Agora para Anete restava a dúvida...

Será que eles fariam como ela?

Estaria de olhos abertos,mas sabia que , se não fosse ela a descobrir, certmente um dia, a verdade apareceria...

Quem sabe seriam os filhos delas?
A história sempre se repete e quando temos filhos só podemos torcer...


domingo, 8 de julho de 2012

♥Um agradecimento inusitado,rs... ♥

98º Edição Cartas do Bloinquês

Tema: Salve-me.

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Porto das Aliviadas, 07 de julho de 2012



Minha querida PAT ! 



Hoje com certeza, ficarás surpresa ao receber essas linhas...

Nunca havia parado pra te agradecer em todos os meus já tantos aninhos...

Mudaste de cor, de casa, mas sempre estiveste pronta pra nas piores horas, nos salvar...

Se não fosse tu, o mundo todo seria diferente, com certeza, insuportavelmente mais feio e mal cheiroso....

Tu, acredito, nem sabes de tua importância e estás sempre pronta a nos acolher nas horas mais "dolorosas" , a tal ponto que, se te notamos "ocupada" gelamos, suamos frio e temos que correr ou dar um outro jeito...

Mas, nunca ninguém te agradeceu as tantas vezes que nos salvaste de exames e vergonhas....

Peço-te, não mude! Continua a nos salvar! Precismos demais de ti!

Por isso, querida PAT    ENTE,  agradeço em meu e em nome de muitos outros tantos que por ti passam, usam, ocupam e não te valorizam...

beijos gratos da amiga 

Barri  Gada







terça-feira, 3 de julho de 2012

♥ Sábio despertar... ♥

Edição Visual do Bloinquês

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O dia estava friozinho e gostoso, apesar de ser inverno.
Convidava a um passeio ao parque. E foi o que Rute fez.

Lá chegando, enquanto caminhava ao sol, pensava em sua vida. Quantas mudanças nela ocorridas após sua separação de Fred.

Lembrava os doces momentos que ali haviam passado juntos. Era tudo tão lindo naquela época. Eram apaixonados.

Pergunta-se, ali, enquanto caminha e olha os casais enamorados:

_ O que fez com que ele perdesse  a cabeça pela Judite, aquela sirigaita de seu escritório? Aparentemente, nada havia por trás daquele traseiro sempre bem mostrado para quem quisesse ver...

__O que ela tinha que ele não via nela?

_ O que será ? Onde será ela tinha falhado?

Assim, enquanto caminha, ao invés de relaxar, carrega o seu coração de tristeza.Vai notando  novamente dela se apoderar,um sentimento que lhe fazia mal:  mágoa.

E com ela, continuou...

De repente, consegue ver duas mulheres caminhando, falando  uma mais do que a outra. Atrás delas, vê um pai com seu filhinho pequeno...

Viu VIDA naquele olhar.

Percebeu que ao invés de aproveitar o momento, sofria.

 Olha mais adiante, vê o caminho vazio...Olha longe, mais longe: Vê a estrada vazia.

Naquele momento, faz para si, um juramento:

_A partir desse dia, ou melhor, desse momento, vou olhar para os caminhos que tenho PELA FRENTE e não olharei para trás.
Não deixarei que o passado ruim me alimente, mas que sirva apenas de  aprendizado!

Assim, uma paz tomou conta de si e seguiu...

Estava decidida a ligar para Cíntia, sua melhor amiga e convidá-la para voltar ao parque naquela linda e deliciosa tarde de inverno...

Um sorriso surgiu em seus lábios e melhor, em seu coração! 

Esperança ela vislumbrava, muitas coisas boas, tinha certeza, naquele e em muitos outros parques e caminhos, iria viver.  

E começaria logo! Sem tempo a perder!
Despertara  para um nova vida,enfim!